O CQCS divulgou que uma nova seguradora está chegando ao mercado e que pretende apostar no corretor de seguros para comercializar Seguro Auto.
Aí surge a dúvida: seria apenas mais uma no meio de tantas seguradoras de seguro de automóveis?
Vamos entender o que a nova seguradora se propõe a realizar:
A Split Risk, startup baseada em Uberlândia/MG, foi uma das 11 iniciativas brasileiras aprovadas pela Susep para participar do ambiente de negócios experimental, o Sandbox regulatório – ainda em outubro de 2020.
As empresas aprovadas recebem licença para atuar no regime diferenciado por até três anos, e após meses de preparação e ajustes operacionais, a Split Risk finalmente está pronta para distribuir o seguro automotivo.
O projeto da startup é bastante desafiador: atrair a atenção do público que ainda não vê valor na contratação de um seguro para o veículo. O seu plano de negócios prevê a distribuição apenas através de parceiros, ou seja, de corretores de seguros, que também procuram produtos mais atraentes e que atendam às necessidades dos clientes – principalmente após os reajustes de preços sofridos ao longo deste ano.
A Split Risk quer ganhar mercado com produtos mais “simples” e contratações mais curtas:
O usuário poderá contratar coberturas avulsas como, como roubo e furto, colisão, cobertura para terceiros e assistência 24 horas, por exemplo. A contratação poderá ser mensal, portanto mais um fator que poderá chamar a atenção do consumidor, já que não será necessário permanecer por 12 meses com a apólice ativa.
Mas a novidade é positiva para o mercado? Deixo com vocês a resposta vou só trazer os fatos:
1º – A Split Risk é mais uma empresa que o corretor de seguros pode ser parceiro. Tendo solvência, como poderá confirmar a Susep, garantirá mais confiabilidade para o cliente e maior segurança para o corretor na hora de apresentar seus produtos.
2º – A Split Risk é uma seguradora digital, uma grande oportunidade para os corretores migrarem para esse modelo de atendimento. O corretor de seguros no meio digital consegue alcançar clientes que não conseguiria alcançar ou que teriam maior custo.
3° – Uma das grandes questões envolvidas é como a seguradora está precificando e analisando risco, afinal talvez a base de dados ainda não seja grande o suficiente para uma exatidão, mesmo usando a telemática. Isso pode ser positivo ou negativo, só o tempo e os corretores vigilantes poderão dizer.
* Mas fica a dica e não se surpreendam se tiver clientes parecidos com preços muito diferentes, afinal a caixa de areia não deixa de ser um teste.
4º – O Sandbox Regulatório mostra o quanto a Susep está aberta para novas empreitadas do mercado de seguros. É um bom momento para você, corretor, começar a pensar em melhorias e inovações que no futuro podem ganhar o mesmo reconhecimento.
Acompanhando as notícias, alguns questionamentos já começaram a surgir por parte dos corretores de seguros. Será que a empresa vai cumprir a palavra e apostar no corretor como principal canal de comunicação/venda com os clientes?
Se tratando de uma nova seguradora, que nasce em meio às inovações e automações do mercado de seguros, será preciso acompanhar os próximos passos para confirmar essa promessa.
E você, o que acha que irá acontecer? Qual a sua opinião?
Um abraço e até a próxima!